Relato de Tutor: Karina, Pantufa, Panqueca e Petisco
Definitivamente, o Pantufa foi um divisor de águas na minha vida. Um presente inesperado, num momento de muito trabalho e responsabilidades . Era agosto de 2011, morando sozinha, a 1.200 km de distância da minha família, aquela bolinha de pelos branca chegou até mim.
Eu, que até então nunca havia me imaginado mãe, descobri o amor incondicional. Um caminho sem volta, desafiador, mas o melhor que eu poderia viver!
Logo aos 6 meses, Pantufa teve sua primeira fratura. Através dos milhares de vídeo que eu tinha no celular, a veterinária o diagnosticou com epilepsia (ele tinha crises convulsivas e por esse motivo acabou sofrendo mais uma fratura logo em seguida). Medicação diária, acompanhamento médico sistemático, acupuntura semanal. Para quem não se via em condições de cuidar de uma vida, não demorou para o Pantufa se tornar a minha prioridade!
Logo depois chegou o Panqueca - para fazer companhia ao Tutu! Rs. Minha duplinha amada foi inspiração para a criação da nossa fan page, afinal, eu precisava compartilhar com as pessoas todo o afeto, peripécias, artes (muitas artes!!) e aventuras dos meus orelhudos!
E assim eu também fui tocada pelo veganismo. Através da conexão com os meus filhos peludos, pude expandir o meu amor a todos os animais - não mais com a distinção entre espécies.
Em novembro de 2015, uma amiga coelhouca resgatou um coelho de situação de maus tratos (certamente estava sendo preparado para ser abatido). Essa situação tocou meu coração de forma que não pude deixar de me envolver... Fui conhecer aquele filhotão e voltei com ele nos braços para casa! Foi assim que "batizado",
Petisco entrou nas nossas vidas: das panelas diretamente para os nossos corações!!
Eu já conhecia e vivia diariamente o afeto mais puro e genuíno, mas infelizmente, a vida também é feita de despedidas... Em agosto de 2018, aos 7 anos, nosso branquelo Tutu nos deixou devido a uma estase intestinal repentina e súbita.
Desde então, tenho reinventado formas de suportar a sua ausência física. Aprendi que o amor transcende o tempo, o espaço, a distância. Pantufa continua vivo dentro de mim, enquanto eu respirar, até o dia em que pudermos nos reencontrar.
Panqueca, hoje com quase 9 anos e Petisco, com 5, certamente fazem dos meus dias mais leves e aquecem o meu coração. Gratidão pela oportunidade de compartilhar a nossa história com vocês!